Em 1911, Taylor publicou o livro considerado como a "biblia" dos organizadores do trabalho: PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA, que tornou-se um best-seller no mundo inteiro. Reconhece-se hoje que as propostas pioneiras de Taylor deflagaram uma "febre" de racionalização, que prepararam o terreno para o advento do TQC (Total Quality Control), ocorrido ao longo do pós-guerra.
As propostas básicas de Taylor: planejamento, padronização, especialização, controle e remuneração trouxeram decorrências sociais e culturais da sua aplicação, pois representaram a total alienação das equipes de trabalho e da solidariedade grupal, fortes e vivazes no tempo da produção artesanal. Apesar das decorrências negativas para a massa trabalhadora, que as propostas de Taylor acarretaram, não se pode deixar de admitir que elas representaram um enorme avanço para o processo de produção em massa.
Taylor tipificou três princípios básicos da observação científica, dos fatos que diante dele se apresentavam:
1 - Atribuir a cada operário a tarefa mais elevada que lhe permitisse as aptidões.
2- Solicitar a cada operário o máximo de produção que se pudesse esperar de um trabalhador hábil de sua categoria.
3- Que cada operário, produzindo a maior soma de trabalho, tivesse uma remuneração adequada, ou seja, 30 a 50 por cento superior à média dos trabalhadores.
Nos três enunciados acima, esão contidas as principais orientações do trabalho de Taylor - obtenção de mão-de-obra econômica, retribuída, entretanto, com salários mais elevados.
Mais tarde, Taylor evidenciou de forma explícita os seguintes objetivos:
1- Desenvolver uma ciência que pudesse aplicar-se a cada fase do trabalho humano, em lugar dos velhos métodos rotineiros.
2- Selecionar o melhor trabalhador para cada serviço, passando em seguida a ensiná-lo, treiná-lo e formá-lo, em lugar do antigo costume de deixar a ele que selecionasse o seu serviço e se formasse, da melhor maneira possível.
3- Criar um espírito de profunda cooperação entre a direção e os trabalhadores, com o objetivo de que as atividades se desenvolvessem de acordo com os princípios da ciência aprefeiçoada.
4- Dividir o trabalho de mesmos processos entre a direção e os trabalhadores, devendo cada departamento atuar sobre aqueles trabalhos para os quais estivesse melhor preparados, substituindo dessa forma a antigas condições, nas quais quase todo o trabalho e a maior parte da responsabilidade recaíam sobre os empregados.
Taylor também expôs regras técnicas e normas para o trabalho de usina ou oficina:
1- Para cada tipo de indústria ou para cada processo, estudar e determinar a técnica mais conveniente.
2- Analisar, metodicamente, o trabalho do operário, estudando e cronometrando os movimentos elementares.
3- Transmitir, sistematicamente, instruções técnicas ao operário.
4- Selecionar, cientificamente, os operários.
5- Separar as funções de preparação e execução, definindo-as com atribuições precisas.
6- Especializar os agentes nas funções de preparação e execução.
7- Predeterminar tarefas individuais ao pessoal e conceder-lhe prêmios, quando realizadas.